Entrevistas

Yuri Fuly: “No Limite”, carreira de creator e a possibilidade de encarar um novo reality show

Yuri Fuly foi um dos finalistas do “No Limite: Amazônia”, da Rede Globo

Yuri Fuly (Foto: Leandro Haddad)

Yuri Fuly, produtor audiovisual de 26 anos do Rio de Janeiro, destacou-se no reality “No Limite – Amazônia” em 2023, alcançando posição de finalista da edição. Fã assíduo de “No Limite”, Yuri absorveu cada desafio ao maratonar todas as temporadas, tornando-se um conhecedor da dinâmica do programa. Ao participar como competidor, concretizou a versão que idealizava quando assistia ao show, ele foi de espectador a protagonista, colocando em prática uma estratégia ousada no jogo social e se dedicando nas provas.

Em entrevista ao BreakTudo, Fuly compartilhou mais detalhes sobre sua experiência no “No Limite – Amazônia”, falou também seu pós-reality show, carreira de creator e os planos para 2024. Ao abordar os desafios do programa, Yuri destacou a convivência como o aspecto mais desafiador: “Eu sou um cara muito social, costumo cumprimentar todo mundo na balada, me dou bem com pessoas em todos os lugares que visito e de alguma forma creio que subestimei a dificuldade do convívio antes de ir pra lá por isso, mas chegando lá e tendo que lidar com a fome, cansaço, falta de higiene, o social se torna algo muito difícil”.

Greiciene e Yuri Fuly se encontrando na Amazônia (Foto: Globo)

Quando questionado sobre a possibilidade de participar de um novo reality show, Yuri revelou que não coloca muitos obstáculos no caminho. Ele compartilhou que já se inscreveu para o BBB cinco vezes e, caso surja a oportunidade de participar de outro reality cujo formato lhe agrade, ele estará totalmente comprometido: ‘Estou super disposto a me jogar em outra aventura e competir por um bom prêmio em dinheiro. O público já percebeu que sou capaz de enfrentar desafios para vencer, então não coloco muitos obstáculos no meu caminho. Se houver um convite e o formato do jogo for do meu agrado, estou dentro

Confira a entrevista completa com Fuly:

BreakTudo: Yuri, como foi a sua participação no “No Limite Amazônia”? Quais foram os desafios mais marcantes e como essa experiência influenciou sua vida?

“Eu costumo dizer que nada que eu venha viver superará a experiência que eu vivi no meio da Floresta Amazônica, eu fui muito sortudo de ter visto tudo aquilo acontecer bem debaixo dos meus olhos, principalmente enquanto super fã do show. Posso dizer que fui pro reality uma pessoa e voltei de lá outra, ainda mais se tratando da experiência social, de estar convivendo com pessoas diferentes e a forma como dou atenção para o que vem do externo. Muita gratidão e orgulho da trajetória que construí no jogo e de como pude trilhar ela até a final.”

BreakTudo: Como você avalia a sua participação no ‘No Limite Amazônia’? Quais foram os desafios mais marcantes e como essa experiência impactou a sua vida?

Eu costumo dizer que nada que eu venha viver superará a experiência que eu vivi no meio da Floresta Amazônica, eu fui muito sortudo de ter visto tudo aquilo acontecer bem debaixo dos meus olhos, principalmente enquanto super fã do show. Posso dizer que fui pro reality uma pessoa e voltei de lá outra, ainda mais se tratando da experiência social, de estar convivendo com pessoas diferentes e a forma como dou atenção para o que vem do externo. Muita gratidão e orgulho da trajetória que construí no jogo e de como pude trilhar ela até a final.

BreakTudo: Durante a convivência no confinamento, é comum que os participantes criem algumas relações de amizades. Você construiu amizades que perduram até hoje? Com quem você mantém contato após o fim do ‘No Limite’?

Eu tive a confiança quebrada durante a competição, assim como dei trabalho e quebrei algumas. Num jogo como o No Limite você precisa colocar na cabeça o tempo inteiro que você não está ali para fazer amizades, você veio de casa sozinho e voltará pra ela na sua própria companhia, então fui para lá focado em não permitir que pessoas entrassem na minha cabeça e me tirassem do foco que era chegar ao final da competição, mas ainda assim encontrei com pessoas que amoleceram muito o meu coração. A Greici e a Nakamura foram como família pra mim, me fizeram ter a sensação de estar em casa. Carol como mãe e a Greici como irmã mais velha, tínhamos uma relação de pegar um no pé do outro e a convivência era muito fácil entre nós três. Por outro lado gostei muito de me aproximar da Amanda e do Caubói. Nossa relação enquanto trio foi criada com base no interesse, mas com o passar dos dias vi neles uma amizade de escola. Embora tenhamos sido vistos como vilões, tudo era muito leve e visto como uma eterna brincadeira por nós. Amava entrar no rio e passar o dia inteiro fofocando com eles, além de falar muito de jogo. Esses 4 são os amigos mais próximos que eu tenho após a minha participação e nos falamos até hoje.

BreakTudo: Além das provas físicas, qual aspecto do programa você considera mais desafiador e por quê? Houve momentos que o surpreenderam nesse sentido?

Eu sou um cara muito social, costumo cumprimentar todo mundo na balada, me dou bem com pessoas em todos os lugares que visito e de alguma forma creio que subestimei a dificuldade do convívio antes de ir pra lá por isso, mas chegando lá e tendo que lidar com a fome, cansaço, falta de higiene, o social se torna algo muito difícil. Queria muito estar no jogo, mas em compensação tinha vontade de sair correndo para não conviver com algumas pessoas. Lidar com o psicológico e não se afetar com o quanto as pessoas me subestimavam era um trabalho interno muito diário. Nossa cabeça falhou diversas vezes, tive que agir de forma muito rápida pra não me perder e sair do meu foco. Agora sem dúvidas os desafios foram as minhas maiores dores de cabeça como vocês viram, hahahahaha, fui um tremendo atrapalhado.

Fuly concentrado realizando uma prova (Foto: Globo)

BreakTudo: Agora em 2024, há algum outro reality show que você gostaria de participar? Quais são as suas expectativas para novos desafios televisivos?

O meu maior sonho sempre foi participar do BBB, me inscrevi umas 5 vezes e nunca fiz a seletiva. Hoje em dia acho bem difícil ser chamado por ter feito o NoLi, mas nunca vou deixar esse sonho morrer no meu coração. Jogo sempre ele pro universo hahahaha. Eu me encontro super disposto a me jogar em uma outra aventura e competir por um bom prêmio em dinheiro. Acho que o público já pode perceber que sou disposto a muita coisa para vencer, então não coloco muitos obstáculos não… Existindo o convite e se for um formato de jogo que eu goste, eu tô dentro.

BreakTudo: Dentro do ‘No Limite’, notamos que você adotou uma estratégia social ousada. Como foi lidar com as reações do público, especialmente nas redes sociais? Houve momentos de hate?

Pela primeira vez eu tive que lidar cara a cara com o hate e não foi tão fácil como eu achava. Por mais que eu tivesse muito certo do que tinha feito e de que era o melhor pra mim, por alguns momentos me vi permitindo que alguns comentários entrassem na minha cabeça, mas recebi muito apoio dos meus amigos e familiares que me relembravam sempre o quanto eu sempre quis viver aquilo ali a vida toda e o quanto eu sempre bati no peito pra defender que quando eu vivesse eu levaria em conta essa estratégia, então eu analisava “puts, se eu sempre cogitei agir dessa forma, porque devo dar valor às pessoas que nem passaram pela experiência? Será que elas têm realmente mérito para julgar o que eu vivi?” e daí eu seguia em frente muito orgulhoso do jogo que eu fiz.

BreakTudo: Em novembro, você esteve no show do RBD, uma paixão sua. Na sua opinião, foi o melhor show do ano no Brasil? Como foi a experiência de vivenciar esse espetáculo como um fã fervoroso?

2023 foi um ano que eu vou lembrar pro resto da vida, foram muitos sonhos realizados de uma vez só, esse coraçãozinho aqui não aguenta! Poder ver o show do RBD ali bem de pertinho foi muito especial, eu lembro muito da minha infância e do quanto eu sonhava em vê-los de pertinho, mas não pude por inúmeros fatores não pude. No dia do show eu vivi como se fosse uma criança, sem me preocupar com qualquer julgamento, só queria permitir que o Mini Fulý vivesse aquilo ali como ele dava tudo pra ter vivido há anos atrás.

Fuly no show do grupo RBD em São Paulo (Foto: Leandro Haddad)

BreakTudo: Também em novembro, tivemos a honra de tê-lo apresentando a categoria Artista Global no BreakTudo Awards 2023, onde coincidentemente você anunciou o RBD como vencedor. Como foi a experiência de revelar um vencedor em uma premiação de cultura pop?

Como o bom fanático por cultura pop que sou, foi uma das experiências mais legais que vivi! Fiquei muito feliz pelo convite, voltaria muitas e muitas vezes. Foi ótimo poder conhecer parte da equipe e ainda anunciar o RBD como vencedor. Não tinha como não ser BABILÔNICO, né? Agradeço novamente ao BreakTudo pelo carinho e por nos servirem entretenimento de qualidade há tanto tempo!

Fuly apresentando a categoria Artista Global no BreakTudo Awards 2023 (Foto: Divulgação)

BreakTudo: Para o ano de 2024, quais são seus planos e expectativas? Pode compartilhar um pouco sobre seus projetos futuros com os fãs?

Nesse momento o meu desejo é conseguir identificar 100% o tipo de creator que eu sou. Quero muito poder falar de moda, de cultura pop, experiências, não abandonar o papo sobre realitys e ainda assim contar minhas experiências sobre o Audiovisual. Vai ser um ano de muita renovação e pretendo não parar até me sentir ainda mais realizado, tenho um grande caminho pela frente e vocês ainda vão ouvir falar muito desse cabeludo aí hahahahaha

BreakTudo: Seu estilo e presença nas redes sociais, especialmente no Instagram, chamam atenção. Como surgiu seu interesse pela moda e como você descreveria sua relação com esse universo?

Eu acredito que o meu interesse pela moda vem principalmente pela minha mãe que desde pequeno eu a vejo trabalhando no meio da moda comercial e acho que desde novo aquilo me influenciou a escutar sobre e querer entender mais do alternativo. Acredito que acompanhar desfiles e drag queens fashionistas me fez gostar ainda mais do nicho e querer trabalhar com isso. Sempre fui meio excêntrico e gosto de ser diferente da maioria dos caras, usar algo que os homens não costumam usar etc sonho em poder trabalhar com isso um dia e poder ter uma marca exclusiva minha daqui uns anos.

 

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