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UC REVIEW: Entregando um dos melhores filmes do ano, “Spider Man: No Way Home” é uma carta de amor ao personagem e aos fãs.

Poster oficial de “Spider-Man: No Way Home” (Imagem: Sony/Marvel)

Depois de meses de rumores, especulações e teorias, ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’, além de filme, é basicamente um festival, e superando o temor inicial, entrega uma experiência que ficará pra sempre guardado no coração dos fãs.

O longa que começa exatamente aonde ‘Homem-Aranha: Longe de Casa’ termina, com Peter Parker (Tom Holland) tendo a sua identidade secreta revelada para o mundo após a morte de Mystério (Jake Gyllenhaal), a premissa nos apresenta um Peter ainda aventureiro e descompromissado, mas que gradativamente vai tendo um gostinho das consequências de ser tratado como um inimigo público acusado de assassinato. Logo, o mesmo toma a decisão de recorrer a um velho colega, Doutor Estranho interpretado pelo sempre ótimo Benedict Cumberbatch, que decide ajudar o garoto e propõe apagar da mente de toda a população mundial a identidade do Aranha, porém após um erro no feitiço, acaba abrindo uma fresta no multiverso, trazendo assim os vilões de outros filmes do cabeça de teia.

Com uma premissa interessante que começa a explorar de vez o multiverso que a Marvel vem flertando nesta fase 4 do seu Universo Cinematográfico, desde WandaVision (2021) e principalmente Loki (2021), ‘Sem Volta Para Casa’ escancara este conceito de múltiplas realidades e abre brechas para milhões de possibilidades que iram ser exploradas daqui para frente. Seguindo o estilo já característico do personagem, o Peter Parker do Tom Holland é carismático, gentil, engraçado, e exala uma imaturidade e inocência condizente com a sua personalidade já estabelecida nos filmes anteriores, entretanto, neste filme Tom conseguiu entregar mais profundidade e amadurecimento que o personagem estava precisando, sua atuação preenche toda a tela e reforça que além de um ótimo Spider-Man, Holland é um ator excepcional, a carga dramática que o mesmo segura aqui é impressionante, sem dúvidas é a sua melhor atuação no MCU. Com um elenco de peso, devemos destacar a atuação da nossa queridíssima Zendaya, sua MJ tem bem mais destaque aqui e ela aproveita cada segundo, é engraçada, inteligente e sua química com Tom é extremamente palpável, o que já era esperado levando em conta que os atores são de fato um casal. Outro que está muito engraçado é o Ned (Jacob Batalon), encontraram o tom perfeito para este personagem que consegue ser cômico até mesmo sem dizer nada.

Agora os vilões, o que podemos dizer sobre as participações de Alfred Molina, Wilem Dafoe, Jamie Foxx, Thomas Haden Church e Rhys Ifans, além de “surto”? Ter a oportunidade de ver esses atores reprisando seus personagens é emocionante e até inacreditável, com destaque para Doutor Octopus (Molina) é um vilão imponente e você sente o carinho que Alfred tem pelo personagem, o Electro (Foxx) ganha um novo visual neste filme com inclusive uma belíssima referência a seu traje clássico dos quadrinhos, mas quem rouba a cena mesmo é o Duende Verde (Dafoe), ele é imprevisível e até mesmo macabro, a atuação de Wilem é incrível e assustadora, você realmente teme o vilão e espera qualquer coisa dele.

Dito isto, ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’ só pode ser descrito como épico, emocionante, espetacular e inesquecível, é uma grande carta de amor ao personagem e aos fãs, sem dúvida um dos melhores filmes do ano, e um dos melhores do MCU.

Cena “Spider-Man: No Way Home” (Imagem: Sony/Marvel)

 

 

ALERTA DE SPOILER:

Precisamos falar sobre as participações de Tobey Maguire e Andrew Garfield, a emoção que o retorno desses atores traz é indescritível, desde o primeiro momento que ambos aparecem até o histórico encontro entre as 3 gerações do Aranha é o maior fan-service da história do cinema, quando em um milhão de anos estaríamos imaginando que este momento realmente aconteceria? O teioso de Tobey é mais velho e serve quase como a voz adulta e da experiência, o de Andrew segue tendo carisma de sobra e entrega alguns dos momentos mais engraçados do filme, além de toda a sua carga dramática em relação ao falecimento da Gwen, ver o mesmo ter a oportunidade de se redimir salvando a MJ é de cortar o coração, você sente a paixão que o ator tem pelo personagem e poder ver ele de volta após o fim abrupto do seu Aranha no cinema é lindo e muito merecido.
A química entre os três é inacreditável, poderíamos morar para sempre nessas interações, eles trabalhando em equipe, o carinho que cresce, quase como irmãos, é belíssimo, incrível, perfeito e qualquer outro sinônimo que exista. É uma experiência que jamais será esquecida, e torcemos para que esse encontro volte a acontecer um dia.

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