Antes de explorar a complexa situação envolvendo tanto os influenciadores que divulgaram jogos quanto aqueles que promoveram plataformas golpistas, é fundamental entender algumas nuances que explicam por que alguns foram expostos, presos ou criticados enquanto outros não. Essa análise permitirá uma compreensão mais abrangente das responsabilidades desses influenciadores.
Plataformas de renda extra golpistas
Muita gente ficou sabendo do problema pelo Fantástico, mas o usuário do TikTok, Guga Figueiredo (@gugafigueired0), vem denunciando influenciadores que promovem golpes há meses. No perfil dele, Guga expôs grandes influenciadores, incluindo ex-participantes de A Fazenda, que divulgaram uma plataforma falsa chamada “Shein”, prometendo uma renda extra aos seguidores por experimentar looks.
Segundo o Serasa, o golpe funciona assim: as pessoas baixam o aplicativo, fazem o cadastro e pagam uma taxa para acessar a suposta plataforma de análise. No entanto, após o pagamento, elas não recebem nenhum link ou acesso real à plataforma. Só então percebem que caíram em um golpe.
Quando a fraude da plataforma foi revelada, vários influenciadores pararam de divulgá-la. Alguns alegaram desconhecimento, mas muitos sabiam da má índole da plataforma e mesmo assim a promoveram por ganância. Comparando superficialmente, essas plataformas eram piores do que os jogos, pois enquanto nos jogos sabia-se dos riscos, as plataformas prometiam “renda extra” garantida. Muitos, necessitando de dinheiro, caíram nesse golpe, perdendo o pouco que tinham. Isso destaca a seriedade dessas práticas, explorando a vulnerabilidade daqueles em busca de oportunidades financeiras.
Jogo do Tigrinho e as prisões de influenciadores
A justiça trata os influenciadores presos como e alguns outros como “investigados”.
Na última sexta-feira (15), Erick Costa foi preso no Nordeste, ele divulga joguinhos e um deles é Jogo do Tigrinho. De acordo com o G1, ele e a mulher Skarlete Melo, são alvos de uma operação que investiga uma suposta organização criminosa que usa o ‘Fortune Tiger’ para enriquecer e também há suspeita de lavagem de dinheiro. Os policiais também cumpriram um mandado da Justiça para colocar tornozeleira eletrônica em Skarlete Melo, que também é influenciadora e divulga jogos, entre eles o Jogo do Tigrinho.
A polícia está investigando todas as situações, mas sabe que as prisões não são apenas por divulgar, são também por suspeitas de envolvimento nos crimes citados.
Hoje foi ao ar no G1 Pará, a notícia de que 7 influenciadores foram presos relacionados ao Jogo do Tigrinho. Basicamente, os presos estão sendo acusados de estarem em uma esquema com a plataforma supostamente fraudulenta, onde eles teriam conhecimento das práticas e seriam os agentes de divulgação.
“De acordo com as investigações, o esquema junto aos influenciadores funcionava deste modo: a cada 100 “aliciados”, cada influenciador recebia R$ 1 mil. A movimentação financeira de um dos investigados chegou a mais de R$ 20 milhões, segundo a polícia.”, diz um trecho da matéria do G1.
E os influenciadores que fingem que estão jogando?
O surgimento das influenciadoras raízes na internet trouxe consigo princípios éticos, como divulgar apenas o que confiam, faz sentido para elas e que realmente usam. No entanto, com a crescente divulgação de jogos online por influenciadores, alguns padrões morais foram desafiados. Casos de influenciadores que simulavam vitórias usando telas gravadas tornaram-se evidentes vieram a público.
Um aspecto crítico é a mentira de vários influenciadores sobre seu envolvimento real nos jogos, postando supostas vitórias e ganhos diários significativos que obtiveram jogando, quando na verdade não jogam nada, apenas recebem o dinheiro para divulgar. Vários influenciadores criaram narrativas, enganosas para seus seguidores, esse é o caso mais comum e que fica mais em julgamento moral.
Os influenciadores que dizem que não jogam, apenas indicam
O caso estourou, então TODOS os influenciadores que divulgam jogos estão sendo atacados por um julgamento moral do público ou de parte dele, inclusive os influenciadores que divulgam joguinhos que não estão sendo investigados pela polícia.
A preocupação neste caso vai além da transparência; há também o debate sobre a responsabilidade dos influenciadores ao promoverem jogos viciantes, que levaram algumas pessoas a perderem dinheiro, desenvolverem vícios e até entrarem em depressão. O questionamento é se a divulgação desses jogos é saudável, considerando os impactos negativos na vida de alguns seguidores.
Alguns influenciadores tentam se desresponsabilizar, alegando que apenas divulgam e que a escolha de jogar é individual. No entanto, o debate persiste sobre o papel dos influenciadores na promoção de práticas saudáveis e na prevenção de danos aos seus seguidores.
O influenciador Lusca, revelou que ele e o namorado Douglas receberam proposta de mais de 200 mil reais para divulgar joguinho, mas recusaram: ““Já ofereceram mais de 200 mil reais para gente postar joguinho de azar e a gente nunca cedeu, talvez seja porque a gente saiba da onde a gente veio”.
E os influenciadores da Blaze, por que estão sendo investigados?
O Caso da Blaze ganhou mais destaque por conta da própria marca, ela chegou aqui no Brasil e fez contrato com com grandes influenciadores do país e inclusive patrocina times de futebol Atlético Goianiense e Santos. Agora a empresa que não tem sede no Brasil, está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo, pois tem denuncias de apostadores que alegam que os prêmios em valores mais altos não foram pagos.
Jon Vlogs, Viih Tube, Mel Maia, Rico Melquiades e Juju Salimeni que são da Blaze, estão sendo investigados por terem divulgado o jogo do aviãozinho em suas redes sociais. Então, basicamente a Blaze é uma plataforma de jogos e ela oferece esse jogo do “Aviãozinho”, que é considerado ilegal.