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Gamer JP Freitas dá dicas para quem iniciar como streamer

JP Freitas (Reprodução/Instagram: @jpfreitas_)

As plataformas de streaming de jogos se tornaram um grande mercado de entretenimento, e durante a pandemia de Covid-19, as Lives ganharam força no Brasil impulsionando a audiência de vários canais de streamings dando destaque para grandes nomes no mercado como: Wanessa Wolf, Samira Clos, entre outros…

De acordo com dados da Comscore, o Brasil é o segundo maior espectador só na plataforma Twitch, com 5.558 pessoas que preferem curtir as gameplays com interações em tempo real.

Devido a esse crescimento na era dos players, o jornalista, gamer e streamer JP Freitas conhecido por fazer Live no serviço de streaming em vídeo Twitch – listou algumas dicas para quem quer começar a carreira como gamer.

Por onde começar na hora de fazer live?

R: Primeiro de tudo, eu acho que você precisa visualizar o tipo de conteúdo que quer criar. E claro, ter referências é essencial porque ajuda a sentir um pertencimento e também uma direção. Mas claro, sem fazer igual. Quando eu pensei que poderia começar a fazer lives me senti muito inspirado pela Wanessa Wolf e Samira Close, que me mostraram que você não precisa se colocar numa caixinha para criar conteúdo de jogos. Depois, vem a hora de escolher uma plataforma porque ela vai ser a sua casa, aprender a mexer nos programas e configurar tudo pra funcionar. Fazer streaming é muito além de abrir o atalho do jogo e falar pra uma câmera.

E como escolher uma plataforma?

R: Como eu disse na primeira pergunta, você precisa saber o tipo de conteúdo que vai fazer. Algumas plataformas são mais tranquilas em relação ao que você pretende criar e outras já são bem estritas, porém também têm suas vantagens. Tem plataforma que não vai pensar duas vezes antes de te dar um aviso sobre direitos autorais ou cortar sua monetização quando você for fazer um react, por exemplo, já outras podem apenas silenciar o áudio e vida que segue. O alcance e a monetização também são importantes, mas às vezes podem conflitar. Tem plataforma que pode te segmentar e entregar melhor, mas não te dar tantas formas de conseguir uma grana.

https://m.twitch.tv/videos/1544809950

 Como conquistar o público?

R: Não sou a melhor pessoa para falar sobre isso, mas usar as outras redes sociais é babado. O meu feed do TikTok só tem conteúdo de jogo. É GTA RP, LoL, Valorant e memes. O que eu vejo vindo também de outros streamers é a rede ser uma ótima ferramenta que tem se destacado em saber pra quem entregar o seu conteúdo e as pessoas se identificarem. O Reels também é uma outra possibilidade apesar de eu sentir as pessoas mais receptivas no TikTok. Se você tiver disponibilidade ou recursos financeiros pra vídeos no YouTube, também é uma boa. Mas se você for editar por conta própria é bom ter os pés no chão e não fazer o que eu fiz querendo abraçar o mundo de uma vez só. Editar leva tempo e planejamento, e quando eu voltei pra universidade tudo ficou complicado. Ter relacionamento com outros streamers e criar uma comunidade também é um ponto muito positivo.

 Dá para crescer financeiramente?

R: As redes dão algumas formas de você conseguir monetizar seu conteúdo. Você pode receber com as assinaturas dos seus fãs, anúncios, as moedas das plataformas e as doações por PIX ou cartão. Mas é sempre bom lembrar que cada plataforma estipula um valor mínimo para pagamento que você deve atingir antes de ver o dinheiro cair na conta. A única forma mais direta são as doações mesmo. Ah, e cada lugar também estipula as metas que você precisa pra destravar essas formas de monetização.

Como você se vê daqui uns anos nesse segmento?

R: Eu me acho um pouco bagaceiro. Mas fico feliz porque é um ambiente em que eu me sinto bem. Sempre fui muito tímido e nunca me imaginei falar para uma câmera, ao vivo, onde qualquer pessoa pode entrar, me ver e falar o que quiser. Claro que o JP que faz live e está relaxado no quarto é diferente do JP acadêmico ou redator. Mas é muito gostoso poder jogar, coisa que sempre gostei, e também interagir em torno disso. Me ajudou muito em autoconfiança, ao precisar falar em público e até mesmo um pouco da oratória. Espero continuar me sentindo bem e abrindo novos caminhos.

 

 

Igor Cartiê

Jornalista do sul da Bahia/Itajuípe + me sigam no Instagram @igorcartie

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