Estreou nesta sexta-feira (21), a segunda temporada da série alemã Dark. A produção sem grandes pretensões na primeira temporada conseguiu conquistar o público da Netflix e ter um grade “hype”, por conta disso demorou bastante para a segunda temporada sair, pois os criadores sofreram muita pressão para conseguir mostrar algo digno de ser a continuação da primeira temporada, rolou até bloqueio criativo.
Em matéria publicada no O Globo, a produtora alemã Jantje Friese explicou porque o ar de Winder, cidade na qual se passa a trama da série, é tão “angustiante”.
“Éramos crianças quando ocorreu o acidente em Chernobyl, e o medo pairava no ar. Havia algo errado na Alemanha, sem contar que era um país ainda dividido. Carregávamos a culpa e vergonha da Segunda Guerra. São sentimentos que nos pertencem e se expressam artisticamente em “Dark””, contou Jantje.
O acidente nuclear de Chernobyl aconteceu no dia 26 de abril de 1986, um dos anos que serve de linha do tempo para Dark. Na primeira temporada, Mikkel é levado do ano de 2019 para 1986 e daí dá-se inicio a toda a trama, embora agora saibamos que não foi lá que de fato tudo começou. Sobre a Segunda Guerra mundial, a Alemanha já foi um lugar muito ruim durante o tempo que o país era governado Adolf Hitler entre 1933 e 1945, era um Estado totalitário fascista que controlava quase todos os aspectos da vida.
Baran bo Odar também falou sobre toda a trama: “O relógio começa a contar no dia em que você nasce. Depois, você morre. O tempo é importante para todos, especialmente para nós, alemães. Somos um povo melancólico por coisas que ocorreram no passado. Existe arrependimentos e o desejo impossível de ter feito as coisas de forma diferente. Então criamos uma história em que é possível mudar o passado.”