Uma mesma composição que agrada bilhões de pessoas em todo o mundo e que nunca sai de moda: Afinal, por que é tão difícil deixar de tomar o refrigerante mais consumido do planeta? Quem explica é o PhD, neurocientista e biólogo Fabiano de Abreu.
Uma atitude do atacante português Cristiano Ronaldo deu o maior prejuízo para a Coca-Cola. Ao afastar duas garrafas do refrigerante da mesa, durante uma entrevista coletiva, o ato do atleta fez com que a marca tivesse uma desvalorização de 1,6% na Bolsa de Valores, instantes após essa conduta.
Além disso, do ponto de vista econômico, a Coca-Cola passou de 242 bilhões para 238 bilhões de dólares. As perdas totais são de 4 bilhões de dólares, segundo assinalou o jornal espanhol Marca. Indo além da questão financeira, uma questão que precisa ser debatida é: Por que é tão difícil deixar de consumir esse refrigerante? Afinal, todo mundo sabe que não é fácil deixar de tomá-la.
A resposta é algo muito mais científico do que um simples agrado no paladar gerado pela bebida. Quem explica é o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo Fabiano de Abreu, diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito e membro da Federação Européia de Neurociência: “A Coca-Cola tem ácido fosfórico e cafeína em sua composição, essa combinação tem efeito diurético e faz com que seu corpo acabe eliminando vitaminas e nutrientes”, revela.
Além disso, Abreu conta que o refrigerante possui cafeína em sua composição, “e o excesso deste composto químico potencializa a ansiedade. Sabemos que esta quando não controlada pode trazer malefícios diversos, entre eles a depressão. Pessoas ansiosas que buscam nessa bebida a recompensa pela dopamina que ela proporciona, aumenta mais essa inquietação provocando um ciclo que resultará em prejuízos”.
Outro detalhe que o neurocientista observa é sobre os efeitos da quantidade de açúcar presente na Coca-Cola no cérebro: “A bebida tem muita quantidade dele e seus picos no sangue são responsáveis por sintomas como: alteração de humor, irritabilidade, confusão mental e cansaço”.
Vale lembrar que “o consumo de alimentos ricos em açúcar e carboidratos têm influência negativa sobre os neurotransmissores como a serotonina, responsável pelo humor, está relacionada ao consumo moderado de açúcar. A ingestão exagerada pode prejudicar o funcionamento cerebral acarretando os sintomas da depressão. Além disso, o consumo exagerado de açúcar causa danos nas sinapses do cérebro, prejudicando a conexão neuronal”, completa Fabiano.