Lipe Lamberttine é uma drag queen cantora, nascida e criada no complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. A música foi ganhando cada vez mais espaço na sua vida quando começou a cantar na igreja e essa paixão só foi aumentando com o passar do tempo. Entre suas maiores influências musicais, estão Britney Spears, Selena Gomez, Christina Aguilera, Ariana Grande, Jennifer Lopez, Whitney Houston e Madonna.
Com 21 anos, participou de um grupo musical com mais quatro integrantes, onde possuíam o suporte de um dos produtores da equipe da Warner Music Brasil. O grupo se manteve ativo durante dois anos, mas por não ter alcançado as metas estabelecidas e por muitas desavenças entre os integrantes o grupo encerrou suas atividades no final de 2017.
Neste mesmo ano, Lipe assinou um contrato com um estúdio para lançar um EP de cinco faixas de forma independente. “Durante toda a gravação do álbum, eu estive totalmente envolvida no processo criativo, não apenas cantando, mas participando efetivamente da produção e na tomada de decisões. Cada nota, cada instrumento passava por mim. Eu escutava e gravava quantas vezes fossem necessárias para me certificar que estava tudo perfeito. Eu tinha hora pra entrar no estúdio, mas não tinha hora pra sair. Foi muito puxado, eu tive que me desdobrar em várias para dar conta de faculdade, trabalho formal e as gravações do disco. Mas valeu super a pena, sou muito orgulhosa desse trabalho”.
Para seu primeiro álbum, Lipe quis usar e abusar do pop latino, que é uma tendência mundial e já consagrou grandes nomes. Basicamente, seu primeiro álbum, trilha o caminho do ritmo, mas precisamente, do reggaeton.
“Sempre ouvi as músicas da Thalía, Belinda e fui muito fã de RBD. Então a escolha da sonoridade latina pro álbum, não é só porque essa tendência está em alta, mas sim porque é algo que eu sempre curti e tinha muita vontade de fazer”.
Durante toda a gravação do álbum, ela esteve totalmente envolvida no processo criativo, não apenas cantando, mas participando efetivamente da produção e na tomada de decisões.
“Eu escrevi todas as músicas do meu álbum. Não sei se sou a melhor compositora do mundo, mas coloquei muito das experiências que eu já vivi. Até brinco, porque falo que o álbum não chega a ser pessoal, mas é baseado em fatos reais. Era terapêutico poder expressar meus sentimentos e falar sobre o que eu tinha vontade, através da minha música”.
Depois de alguns meses após o lançamento do primeiro álbum, Lipe voltou com mais um single inédito. “Alarme” foi lançado no dia 08/11/2019 e tem uma sonoridade completamente diferente do seu último trabalho. Com uma mistura de pop, R&B e trap, a música fala sobre um lance casual, onde duas pessoas tem tanta química juntas que fazem a cama pegar fogo.
“Alarme é bem diferente de todas as músicas do meu primeiro álbum e eu estou muito orgulhosa do resultado. Tive um pouco de receio, já que a sonoridade é completamente diferente, mas gostei dos comentários que recebi. Foram positivos! E isso me incentivou a querer sempre trazer coisas novas, a sair da zona de conforto. Quero que meu trabalho soe como uma evolução”.
Sabemos que ser artista independente é uma tarefa muito difícil, ainda mais em um país onde a cultura e arte não recebem a devida atenção por parte dos órgãos governamentais. Infelizmente se você não tem um grande hit ou ainda não apareceu na TV, ninguém te dá a devida atenção. O que é um grande erro, porque existem vários artistas independentes talentosíssimos espalhados pelos quatro cantos desse Brasil.
“Até queria fazer um pedido aqui, incentivem seu amigo. Incentiva mesmo! Se seu amigo canta, atua, dança, ou faz qualquer coisa. Incentive. Apoio sempre é bem-vindo, porque as críticas sempre vão existir e, muitas vezes, vão ser maiores do que os elogios. Por isso que cada apoio é importante para um artista independente. O mundo já está crítico demais, cruel e exigente ao extremo. Vamos compartilhar incentivos! É assim que se evolui. Elogie o colega, troque ideia, comente. Precisamos propagar mais incentivos, mais elogios, mais verdade, mais gentileza, mais reciprocidade”.